sexta-feira, 17 de junho de 2011

TEMA 2

CESUPA • Processo Seletivo 2011 / I

Estamos lhe apresentando dois temas para redação. Escolha apenas um deles para desenvolver seu texto em prosa (textos em verso serão anulados). Lembre-se de que você está participando de um concurso e a redação avalia seu desempenho no registro escrito da língua, portanto procure ajustar-se à modalidade adequada para a ocasião. Quanto à forma de grafar e acentuar as palavras, serão aceitas tanto a vigente até 31/12/08 quanto a que entrou em vigor em 01/01/09. Seu texto deverá ter no mínimo 12 e no máximo 30 linhas. Boa prova.
Proposta 2
A escola e o preconceito.
A escola, local onde as crianças se encontram, nos permite ter uma bela visão das diferenças de aparência entre elas. Vemos crianças de todos os tamanhos, pesos, cor de pele, cabelos, olhos, etc. Entretanto, dentre essas diferenças, algumas são mais expressivas e são essas que chamam mais atenção. As crianças que as apresentam são as que se tornam alvos de apelidos, de atitudes preconceituosas e, portanto, de discriminações.
O que torna essas diferenças mais expressivas do que outras? São vários os motivos, mas talvez uma das razões mais importantes seja o distanciamento delas daquilo que é considerado como o “tipo ideal”.
E qual é esse “tipo ideal”? Por mais difícil que seja, vamos encarar a imagem do nosso tipo ideal: homem, jovem, branco, magro e bem vestido, fisicamente perfeito.
Como fica a situação das crianças que usam óculos, das que estão com sobrepeso ou muito magras, das que têm cabelos vermelhos ou crespos, pele negra, olhos puxados, etc?
Foguinho, japinha, quatro olhos, nanico, crioulo e baleia, entre tantas outras, são algumas das denominações que as crianças dão a esses colegas.
E a escola tem sido um ambiente indiferente a essas questões. Ela não desenvolve nenhum trabalho sistemático a esse respeito e pratica, portanto, a política do avestruz: enterra a cabeça na areia para não ver os problemas que tem a sua frente. A questão é que não são apenas as crianças vítimas de preconceito as únicas prejudicadas. Todo o esforço da educação, que é o de buscar o melhor viver, fica comprometido.
Por isso, aquela expressão tão valorosa, mas tornada vazia de sentido, que toda escola sustenta em seu projeto – “educação para a cidadania” – precisa ser honrada para que, na prática, crianças não sofram, sozinhas e sem apoio, a discriminação de seus colegas. Esses, por sua vez, também precisam aprender o sentido do que fazem.
Lutar contra o preconceito é uma responsabilidade da escola também, afinal trata-se de educação. Mas isso não deve acontecer pelo moralismo ou pela instalação do politicamente correto.
O eixo desse trabalho deve ser o conhecimento e a construção de relações justas, solidárias e  respeitosas no ambiente público.
(Rosely Sayão – Folha de São Paulo, 07/09/10 – trecho)

O preconceito não se limita ao ambiente da escola e ações preconceituosas se realizam sempre que se manifesta rejeição (muitas vezes perseguição) contra os que são “diferentes” na aparência, na opção sexual, na convicção religiosa, por habitar determinada região, entre outros tantos aspectos.

Após reflexão, construa um texto em prosa sobre o tema “O preconceito é uma questão de educação”.

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